Edição do dia 28/04/2011
* JORNAL NACIONAL
Pais que não querem filhos podem entregá-los para adoção
Quando não é possível cuidar de uma criança, por qualquer motivo, a mãe pode entregá-la ao Juizado da Infância e Juventude. A criança é recolhida na hora e encaminhada para abrigos, onde entram na fila da adoção.
No Brasil, nas últimas semanas, a divulgação de casos de abandono de bebês acabou provocando reações de indignação e de revolta. Especialmente porque existe uma forma digna de destinar uma criança à adoção. É a repórter Monalisa Perrone quem mostra.
Um menino de apenas sete dias já vive em um abrigo na região de Sorocaba, no interior de São Paulo. Antes de dar a luz, a mãe disse aos médicos que não queria ficar com ele. Quando não é possível cuidar de uma criança, por qualquer motivo, a mãe pode entregá-la ao Juizado da Infância e Juventude que funciona nos fóruns.
A criança é recolhida na hora: “Pode fazer isso com toda a tranquilidade, com a proteção do estado. Crime será se sair da maternidade e deixar a criança, abandonar a criança em algum lugar”, explica Antonio Carlos Malheiros, coordenador da área de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A Justiça encaminha as crianças para abrigos, onde entram na fila da adoção. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, há 4.427 crianças no Brasil oficialmente disponíveis para serem adotadas. Enquanto isso, são 26.694 candidatos a mães e pais adotivos.
O problema é que os pretendentes à adoção fazem muitas exigências. Em 2008, quando o cadastro foi criado, 70% dos pretendes só aceitavam crianças brancas. Hoje, esse grupo é bem menor: 38% dos candidatos.
“A pessoa tem que estar certa que é aquilo que ela quer. Não dá para ir para a adoção e dizer: ‘Eu vou fazer uma caridade’”, conta Mônica Natale, do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo.
Com 20 anos de trabalho em abrigos, Leon Alexandre sabe bem disso: “Temos que constantemente estar trazendo elas pra nossa realidade que é uma realidade de amor, de ensino, de propiciar a elas uma vida digna e para serem bons cidadãos daqui para frente”, diz o responsável por um abrigo.
Nos abrigos, o dia a dia lembra muito a rotina de qualquer outra casa. As crianças recebem carinho e, conforme vão crescendo, cobranças também. A diferença é que a cobrança é sempre muito bem vinda, porque é sinônimo de motivação, de futuro.
“Sempre tem alguém motivando para nunca desistir. Agora, eu tenho que passar na faculdade, para ser bióloga marinha”, conta uma menina.
No Brasil, nas últimas semanas, a divulgação de casos de abandono de bebês acabou provocando reações de indignação e de revolta. Especialmente porque existe uma forma digna de destinar uma criança à adoção. É a repórter Monalisa Perrone quem mostra.
Um menino de apenas sete dias já vive em um abrigo na região de Sorocaba, no interior de São Paulo. Antes de dar a luz, a mãe disse aos médicos que não queria ficar com ele. Quando não é possível cuidar de uma criança, por qualquer motivo, a mãe pode entregá-la ao Juizado da Infância e Juventude que funciona nos fóruns.
A criança é recolhida na hora: “Pode fazer isso com toda a tranquilidade, com a proteção do estado. Crime será se sair da maternidade e deixar a criança, abandonar a criança em algum lugar”, explica Antonio Carlos Malheiros, coordenador da área de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A Justiça encaminha as crianças para abrigos, onde entram na fila da adoção. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, há 4.427 crianças no Brasil oficialmente disponíveis para serem adotadas. Enquanto isso, são 26.694 candidatos a mães e pais adotivos.
O problema é que os pretendentes à adoção fazem muitas exigências. Em 2008, quando o cadastro foi criado, 70% dos pretendes só aceitavam crianças brancas. Hoje, esse grupo é bem menor: 38% dos candidatos.
“A pessoa tem que estar certa que é aquilo que ela quer. Não dá para ir para a adoção e dizer: ‘Eu vou fazer uma caridade’”, conta Mônica Natale, do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo.
Com 20 anos de trabalho em abrigos, Leon Alexandre sabe bem disso: “Temos que constantemente estar trazendo elas pra nossa realidade que é uma realidade de amor, de ensino, de propiciar a elas uma vida digna e para serem bons cidadãos daqui para frente”, diz o responsável por um abrigo.
Nos abrigos, o dia a dia lembra muito a rotina de qualquer outra casa. As crianças recebem carinho e, conforme vão crescendo, cobranças também. A diferença é que a cobrança é sempre muito bem vinda, porque é sinônimo de motivação, de futuro.
“Sempre tem alguém motivando para nunca desistir. Agora, eu tenho que passar na faculdade, para ser bióloga marinha”, conta uma menina.
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