Recurso do Bolsa Família e do BPC se multiplica no PIB e na renda domiciliar
05/02/2011 16:30
Estudo do Ipea conclui que cada real investido pelo governo no Bolsa Família aumenta o PIB do País e se multiplica ao fazer girar a economia. O mesmo se dá com relação ao BPC. Os beneficiários dos programas sociais consomem quase toda a sua renda e adquirem produtos nacionais, avalia o levantamento, que relaciona os gastos com a política social e o crescimento da distribuição de renda.
Brasília, 5 – Para cada R$ 1 investido pelo Governo Federal no Bolsa Família, o Produto Interno Bruto (PIB) do País aumenta em R$ 1,44 e o recurso financeiro domiciliar eleva-se em 2,25% (ou R$ 1,82) , após percorrido todo o circuito de multiplicação de renda na economia. É o que conclui o estudo “Gastos com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Além do Bolsa Família, o estudo analisa, com base nos dados do IBGE de 2006, o impacto do Benefício de Prestação Continuada (BPC), ambos coordenados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). No caso do BPC, para cada R$ 1 investido pelo Governo Federal, o PIB do País aumenta em R$ 1,38 e o recurso financeiro domiciliar eleva-se em 2,10% (ou R$ 1,79). O Bolsa Família está presente em 12,7 milhões de lares e o BPC atende 3,4 milhões de idosos e pessoas com deficiência.
“Em geral, as transferências de renda elevam mais o PIB e a renda das famílias. As pessoas mais pobres tendem a consumir quase toda a sua renda e a consomem com produtos de origem nacional”, explica o estudo, assinado por Jorge Abrahão, Joana Mostafa e Pedro Herculano. Segundo eles, o Bolsa Família e o BPC também contribuem para a queda da desigualdade.
O trabalho abrangeu dois aspectos: proteção dos cidadãos e promoção de oportunidades, envolvendo as áreas de previdência, saúde, assistência social, trabalho, educação, desenvolvimento agrário e cultura. “O gasto do governo com o pagamento de benefícios e prestação de bens e serviços se converteu velozmente em consumo de alimentos, serviços e produtos industriais básicos, que dinamizaram a produção, estimularam o emprego, multiplicaram a renda e reduziram a pobreza e a miséria extrema”, conclui.
Nessa linha, Júnia Quiroga, diretora de Avaliação da Secretaria de Gestão da Informação do MDS, chama a atenção para o debate sobre o estabelecimento de um círculo virtuoso que implica no potencial de multiplicação do gasto social governamental, tanto no que diz respeito ao PIB quanto à renda das famílias. “Isso já é valioso somente considerando a perspectiva de mensuração econômica da qual o comunicado do Ipea lança mão. Mas, para além dela, há elementos importantes relacionados ao bem-estar da população que, se mensurados, potencializariam ainda mais a importância estratégica do gasto social”, ressalta.
05/02/2011 16:30
Estudo do Ipea conclui que cada real investido pelo governo no Bolsa Família aumenta o PIB do País e se multiplica ao fazer girar a economia. O mesmo se dá com relação ao BPC. Os beneficiários dos programas sociais consomem quase toda a sua renda e adquirem produtos nacionais, avalia o levantamento, que relaciona os gastos com a política social e o crescimento da distribuição de renda.
Brasília, 5 – Para cada R$ 1 investido pelo Governo Federal no Bolsa Família, o Produto Interno Bruto (PIB) do País aumenta em R$ 1,44 e o recurso financeiro domiciliar eleva-se em 2,25% (ou R$ 1,82) , após percorrido todo o circuito de multiplicação de renda na economia. É o que conclui o estudo “Gastos com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Além do Bolsa Família, o estudo analisa, com base nos dados do IBGE de 2006, o impacto do Benefício de Prestação Continuada (BPC), ambos coordenados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). No caso do BPC, para cada R$ 1 investido pelo Governo Federal, o PIB do País aumenta em R$ 1,38 e o recurso financeiro domiciliar eleva-se em 2,10% (ou R$ 1,79). O Bolsa Família está presente em 12,7 milhões de lares e o BPC atende 3,4 milhões de idosos e pessoas com deficiência.
“Em geral, as transferências de renda elevam mais o PIB e a renda das famílias. As pessoas mais pobres tendem a consumir quase toda a sua renda e a consomem com produtos de origem nacional”, explica o estudo, assinado por Jorge Abrahão, Joana Mostafa e Pedro Herculano. Segundo eles, o Bolsa Família e o BPC também contribuem para a queda da desigualdade.
O trabalho abrangeu dois aspectos: proteção dos cidadãos e promoção de oportunidades, envolvendo as áreas de previdência, saúde, assistência social, trabalho, educação, desenvolvimento agrário e cultura. “O gasto do governo com o pagamento de benefícios e prestação de bens e serviços se converteu velozmente em consumo de alimentos, serviços e produtos industriais básicos, que dinamizaram a produção, estimularam o emprego, multiplicaram a renda e reduziram a pobreza e a miséria extrema”, conclui.
Nessa linha, Júnia Quiroga, diretora de Avaliação da Secretaria de Gestão da Informação do MDS, chama a atenção para o debate sobre o estabelecimento de um círculo virtuoso que implica no potencial de multiplicação do gasto social governamental, tanto no que diz respeito ao PIB quanto à renda das famílias. “Isso já é valioso somente considerando a perspectiva de mensuração econômica da qual o comunicado do Ipea lança mão. Mas, para além dela, há elementos importantes relacionados ao bem-estar da população que, se mensurados, potencializariam ainda mais a importância estratégica do gasto social”, ressalta.
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